A dignidade da mulher procede primeiro de sua natureza humana. Igual ao homem em essência, criada, pois, por Deus, é digna por si só, é digna por ser imagem e semelhança do Criador, é digna por sua ontológica liberdade, por sua vontade, sua idoneidade intelectual. Sem embargo, há uma fonte de sua dignidade: a capacidade de ser mãe. A maternidade, ainda que não se efetive em todas, por vocação ou por alguma impossibilidade física ou psicológica concreta, está presente em potência no gênero feminino e é ela que faz a mulher ainda mais semelhante a Deus em seus acidentes. Os cristãos entendem que, como o Pai gera o Filho, a mulher pode gerar sua prole. É uma participação toda especial no ato criador. E isso a faz toda especial, tanto quanto o homem em sua essência, e, ousamos dizer, mais do que ele em seus acidentes por esse caráter sagrado de gerar vida.
Por isso, importante formar bem a mulher, formá-la integralmente: formação humana, espiritual, intelectual, sentimental, apostólica.
O Regnum Christi é consciente dessa tarefa. No Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, dos Legionários de Cristo, em Roma, temos uma Instituto de Estudos Superiores sobre a Mulher. Num tempo de feminismo, de ataques à família, de relacionamentos destroçados, de mulheres perdidas sem saber o que devem fazer para agradar a Deus e alcançar a felicidade, é urgente o resgate da feminilidade.
Em Pelotas, Aline Rocha Taddei Brodbeck, experiente nesses assuntos pelos anos de trabalho no blog Femina - Modéstia e Elegância, em que tratou de tudo isso, e também da moda como expressão da caridade e da feminilidade, tem se dedicado a dar palestras de formação para mulheres.
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| Aline Rocha Taddei Brodbeck: palestras de formação para mulheres |
Nessas palestras são abordadas as virtudes da feminilidade cristã, o exemplo de Ester e Judite e, claro, Nossa Senhora, o reconhecimento da sua dignidade feminina e como ela se expressa também pelo aspecto exterior (elegância nos gestos, bom gosto no vestir, modéstia etc), e dicas bem práticas de uma moda atemporal, que demonstre que não é preciso nem ser mundana para ser contemporânea, nem cafona para seguir o recado, cobrindo-se de tal modo que a feminilidade fique desfigurada. Aborda-se também o tema da beleza feminina como um dom e reflexo da beleza de Deus e são expostas histórias inspiradoras sobre a realidade feminina. Enfim, são assuntos também dessas palestras noções de teologia do corpo e aspectos sobre relacionamentos, afetividade, sexualidade e preparação para o matrimônio.
“Eu sou uma mulher acima de tudo.” (Jackie Kennedy) Com essa expressão, a viúva do presidente John Kennedy e, mais tarde, esposa do milionário grego Aristóteles Onassis, queria dizer que antes de ser primeira-dama, mãe, esposa, era uma mulher. Era essa sua essência, digamos assim. E porque era mulher, poderia ser primeira-dama, mãe e esposa. Mais, porque era mulher, poderia ser uma dama. Mulheres nascem, damas são feitas.
E o que é ser uma dama? Uma dama é uma mulher que se preocupa com os demais, sem descuidar de si mesma. É alguém que preza a higiene, a organização, o aparato externo, mas como expressão dos elementos internos, como manifestação do seu espírito, como extensão da caridade. É limpa de corpo porque é limpa de alma. Suas roupas são bem passadas, seus sapatos brilhantes, cada botão de sua vestimenta está no lugar, seu cabelo está impecável, seu porte é elegante, porque tudo isso indica uma altivez interior. Não se preocupa com exterior pelo exterior, nem faz da primazia do interior uma desculpa para o desleixo.
A dama, a lady, valoriza as boas maneiras como um modo de colocar os outros em primeiro lugar. “É essa maravilhosa idéia antiquada de que os outros vêm em primeiro lugar e você vem em segundo lugar. Esta foi a ética integral na qual eu fui criada.” (Audrey Hepburn) A etiqueta não é observada como um código de mera liturgia social sem significado. Ela guarda todas as regras de boas maneiras à mesa, na conversação, nas roupas, e procura seguir a etiqueta, não por seu valor em si mesmo, e sim porque com ela se desenvolve mais facilmente no cuidado com os outros e na estima da tradição. Tradição esta que não é mero apego ao passado, e sim tornar sempre vívidas as experiências positivas dos que viveram antes de nós. Com a etiqueta, a lady pode andar e se comportar com segurança, formando seu caráter, servindo ao próximo, e mantendo vivos os costumes dos ancestrais – seu patrimônio cultural, seus valores humanos e cristãos, sua sabedoria, e o opulento simbolismo de nossa civilização que expressam realidades transcendentes.
Tudo em nossa vida deve render glória a Deus. "Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus." (1 Co 10,31)
As criaturas foram feitas para o louvor de Sua glória. As estrelas, o sol, a lua, as plantas, as águas, os animais, os anjos e o ser humano. Deus, ao criar o homem, fê-lo homem e mulher. Deus criou a feminilidade. Logo, essa criação também serve ao propósito de glorificá-lo.
E como a feminilidade dá glória a Deus?
Justamente quando manifesta o que lhe é próprio. Suas características psicológicas, emocionais, temperamentais, físicas, sexuais, devem estar a serviço da glória do Senhor. O modo como a mulher se expressa, seus sentimentos, seus gostos, suas inclinações, deve glorificar a Deus. Ela deve glorificar ao Senhor exatamente pelas suas características específica, ou seja, do seu modo propriamente feminino. A mulher glorifica a Deus da mesma forma que um homem, enquanto ambos são humanos. Todavia, pela natural distinção entre eles dada pelo próprio Criador, há um jeito todo especial da mulher glorificá-lo.
Quando dizemos que a feminilidade deve dar glória a Deus é justo disso que estamos falando: o que difere a mulher de um homem é causa de glorificação do Senhor. O que é próprio da mulher não é uma mera diferença material e terrena, e sim modo e causa de glorificar ainda mais o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Muitas mulheres se perdem nos dias de hoje porque, angustiadas, não entendem que servem a um propósito maior, centrado no amor de Deus e na manifestação de Sua glória. Falta uma percepção do sentido da vida.
"As mulheres (...) esposas e mães, têm uma missão particular no cuidado da família. Com sua presença próxima e afetuosa, e sua ação decisiva e prudente, são as primeiras formadoras, educadoras e colaboradoras de seus filhos, ajudando-os a construir um futuro baseado na fé e no amor. Além disso, elas têm a grande responsabilidade de guardar e transmitir as tradições vivas dentro da família; e espalhar em casa, na escola e na vida social, a fé e a confiança em Deus, o amor pelas fontes da vida, o apreço pelos valores próprios da família e piedade para o próximo, especialmente para os mais fracos." (Manual do Membro do Regnum Christi, 290)
Fica atento ao calendário de eventos para saber quando haverá uma nova palestra de formação para a feminilidade ou agenda em tua paróquia ou grupo por email.




